segunda-feira, 13 de abril de 2009

cont. Lanterna Japonesa

... A outra que estava escondida acordou para socorreruma delas. Essa era mais precísa, mais direta, o que ajudou na recuperação de uma delas que só sentia e não falava. Leny só assistia e esperava, pedia forças para suportar mas estava visivelmente abalada com suas descobertas. A união de duas delas, a que sentia e a que falava deixou outra em pânico. Essa sempre foi muito carente, medrosa, e não gostava muito de sair de casa, seu complexo de regeição incomodava todo mundo que esbarrava com ela. Era muito carinhosa, instintivamente aconchegante ao cruzar olhares perdidos, servindo seu colo, emanando amor.
Todas entraram num acordo com Leny menos ela, e deu um trabalho!!! Tiveram paciência, tentaram entender, só que sua indecisão, uma hora sim outra não, infureceu as garotas que decidiram dar soníferos para ela não interferir nas decisões que articulavam. Como suas reclamações eram noturnas, era melhor que dormisse.
Foi aí que ela se vingou. Perturbava e era mais cruel ainda atravéz dos sonhos. Inventava novos casais todas as noites, ontem com sua mãe Leny transou. Fez de Leny um ser fálico e proporcionou prazer a ela nessa condição. Levou a garota ao orgasmo com seu melhor amigo gay. Até com ator de Hollywood Leny gozou, e gostostou! Fúria por renegação, vingança certa pela exclusão. Ditadura interna se não lhe dão a mão.
Leny já não dormia, muito menos conseguia ficar atenta. Já não era mais ela quem falava, quem sorria, e pensava e chorava; quem escarrava o catarro dos três maços que as outras fumavam sim, isso era Leny quem fazia. A anorexia se estampava nos ombros caídpos e secos, ressecados de decepções. Só fazia alguns meses que estava morando ali, não fazia sentido mudar, não agora ... (continua depois ...)

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