Ela transparecia-se tal como um objeto inacabado
Um ser que queria ser translúcida e se via obscura
Já não se distinguia em meio a um contexto
Sem algum pretexto, revestia-se de armadura.
Árvore de primavera
Assim era ela, desfilando cores e seus amores
Despertava paixões, experimentava sabores
A vida parecia-lhe como poesia tão bela.
Implacável é o tempo, por demais atento
Sem algum alento, consumia-se na amargura
Porque ao sofrer dissabor por culpa do amor
Vivia desmanchando-se em sua dor.
As folhas, como no outono, já caem ao vento
Neste quadro de memória uma imagem noturna
Atrás uma lua cheia, e como fogo luzia distante
Em frente, uma arvore tão seca, um desalento.
A luz refletida projetava sua sombra aos seus pés
Inclina-se prostrada em pensamento
O pranto que escorre pelo seu rosto
De tanto desgosto e todo tormento.
Atravessou seu inverno
Cruzou o inferno, é verão, a chuva lavou a paixão
As folhas rolando pelo chão
Trazem de volta a esperança ao seu coração.
3 comentários:
lindissimo!
:*
Nos do Circo de Solei do Blues temos o orgulho de parabenliza-la pelo poema, não sei se sou muito habilitado a este encargo, porém aos meus critérios é de muito bom gosto e requiente, principalmente com as seleções de imagem que o acompanham. Mais uma vez a Tenda do Blues sauda tal feito com a sugestividade de uma continuidade e aperfeiçoamento constate desta bela arte.
porra, demais meu!!!!!!!!!!!!!!!!!!
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